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Todos os textos postados aqui são de minha autoria, porém, todos foram criados através de pesquisas, cujas fontes estão citadas nas referências de cada um.

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"De nada adianta ser luz, se não for para iluminar os caminhos dos demais." (WALT DISNEY)

Bom estudo!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Administração de Produção: Estudo de caso


Resumo

            Estudo de caso sobre a administração da produção de uma fábrica de produtos plásticos, onde serviu como fonte de estudo, o texto intitulado “PLASTIMAX”. Este fala sobre a produção de peças comuns e plásticos de engenharia e nos traz um pouco de conhecimento sobre o desenvolvimento do processo de produção da fábrica.


Aspectos Metodológicos

            Para este estudo de caso considerou-se a leitura e interpretação de um texto, sendo esta pequena fonte de informações complementada pelos conhecimentos adiquiridos em sala de aula e em pesquisas complementares feitas em sites de revistas digitais e outros da internet.


Plastimax


Na Plastimax, fabricante de plásticos, o processo de produção se inicia na compra do poliestireno que vem ensacado, em grãos e em diferentes cores. Esta matéria prima é colocada nas máquinas de injeção em um alimento (tipo funil). Contudo, dependendo do produto a ser fabricado, em cada injetora é colocado um molde adequado para produzi-lo, geralmente com várias cavidades. Por exemplo, o molde que produz cabos para escovas de dente tem doze cavidades e cada vez que ocorre a injeção, são produzidos 12 cabos para escovas de dente. Já a produção de pentes para cabelos tem um molde de quatro cavidades, permitindo a produção de quatro pentes por injeção.
Uma vez que a matéria prima é colocada no funil da injetora, começa o processo de produção. Primeiro ela é aquecida dentro da própria máquina até atingir a temperatura adequada. Automaticamente é injetada nas cavidades dos moldes, há um resfriamento e a máquina é resfriada para a retirada das peças, iniciando-se um novo ciclo.
Estas injetoras permitem a produção de 29 tipos diferentes de peças, nas atuais condições, já que existem 29 diferentes moldes, mas esta quantidade pode ser ampliada caso sejam fabricados mais moldes. Normalmente, o tempo necessário para um lote de peças é rápido, conforme pode ser visto na tabela a seguir.
DADOS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO
Tipo de peça
Peças comuns
Parachoques de veículos
Capas de TV
Tempo de obtenção da matéria prima
7 dias
30 – 60 dias
30 – 60 dias
Tempo de fabricação do molde
30 dias
60 dias
60 dias
Tempo de produção de um lote típico
1 dia
5 dias
10 dias (inclui a furação em empresa externa)
Tempo de embalagem
Meio dia
1 dia
1 dia
Tempo de entrega
1 dia
1 dia
1 dia
Tipo de mercado
Mutável
Pré-definido
Pré-definido
Tempo que o cliente se dispõe a espera
Imediato
De acordo com o programa
De acordo com o programa

Na mesma empresa, outros dois departamentos trabalham com os chamados “plásticos de engenharia”, um departamento produzindo parachoques de veículos e o terceiro departamento, produzindo capas para aparelhos de TV. O processo de produção é semelhante, porém a compra da matéria prima é mais complexa porque devem ser aguardadas as especificações dos fabricantes. Ainda, a fabricação dos moldes de injeção depende do projeto dos produtos, quanto as dimensões, espessuras etc. sendo muito mais demorada do que no caso da fabricação de peças injetadas comuns, como os cabos de escovas de dente ou os pentes para cabelo.
No processo de produção dos parachoques, estes são moldados, limpos, embalados e enviados diretamente às montadoras. As capas dos aparelhos de TV, após sua fabricação, são limpas e enviadas a um prestador de serviços externos à empresa que realisa os furos nos quais serão inseridos os botões de comando dos aparelhos, devolvendo-as à empresa após a operação. A empresa então embala estas capas e as envia às montadoras de TV, encerrando-se o processo.

Solução

Etapa 1
Produção de peças comuns (cabos de escovas de dente, pentes etc.)
Para peças com moldes já existentes, o modelo de programação da produção poderia ser o MTS, dado que D é muito menor que P. Isso faria com que a empresa produzisse estas peças para estoque. Contudo, se o mercado for muito mutável, pode ocorrer um “encalhe” nesse estoque. No caso, não há possibilidade de ser utilizado um ambiente ATO, pois não há fabricação de subconjuntos. Caso o modelo MTS não possa ser realizado, deve ser utilizado um modelo MTO, no qual deve ser determinada, por meio de modelos de previsão (veja no capítulo 8) o quanto deveria ser estocado de poliestireno (matéria prima).
No caso de haver um pedido de outra peça de poliestireno para a qual não houvesse molde pronto, deveria ser fornecido ao cliente um prazo de entrega de, no mínimo, 30 dias: prazo necesário à fabricação do molde.


Etapa 2
Produção de parachoques e capas de TV
            Apesar de os produtos e dos clientes serem completamente distintos, a abordagem é a mesma. Dado que as peças dependem de especificações de engenharia, não é possível, de maneira geral, comprar matéria prima baseando-se em previsões, pois os produtos e suas quantidades mudam ao longo do tempo com o lançamento de novas linhas de produtos acabados.
            Portanto, não é aconselhável manter-se estoques de matérias primas, o que caracterizaria o modelo MTO, devendo-se optar pelo modelo ETO.
            Isto é, uma vez recebidas as especificações do cliente, o fabricante deve comprar a matéria prima, desenvolver os moldes, fabricar o produto e entregá-lo. Portanto, é conveniente que o prazo de entrega seja, no mínimo de 60 dias, que é o tempo necessário para a compra da matéria prima e, ao mesmo tempo, em paralelo, fabricar o molde para a peça, além dos demais tempos de produção externa e de entrega.
            Nesse caso, é fundamental a manutenção de parcerias com os fornecedores de materiais e de serviços para a diminuição do tempo P.

Questões:

1. Descreva os passos para a produção de artefatos de plástico.
R: O primeiro passo é comprar a matéria prima que é o poliestireno, em grãos e em diferentes cores. A partir daí, a matéria prima é colocada em máquinas injetoras, que possuem uma abertura afunilada onde se despejam os grãos. Em cada máquina é colocado um molde que corresponde ao produto que irá ser fabricado. A máquina aquece o poliestireno até alcançar a temperatura adequada e o injeta nas cavidades dos moldes, após o resframento, a máquina é aberta para a retirada das peças. O ciclo é reiniciado dando continuidade a produção.

2. Dê dois exmplos de “plásticos de engenharia”.
R: Parachoques e paineis de veículos, capas de TVs, de equipamentos de som, de controle remoto, etc.

3. Quais são os fatores que tornam o processo de produção de plásticos de engenharia mais complexo que aquele para a produção de peças injetadas comuns?
R: A compra de matéria prima e a fabricação dos moldes de injeção, pois ambos dependem do projeto feito para o produto e das especificações do fabricante quanto as dimensões, espessuras, formatos, etc.

4. Na empresa acima, o que se pode dizer a respeito dos modelos de PPCP?
R: Pode-se dizer que para a produção de peças comuns, aquelas que podem ser estocadas, a empresa poderá aplicar o modelo de programação MTS porque trata-se de produtos baseados em previsão e demanda. Porém, se o mercado não for estável, deverá ser usado o modelo MTO, que é a fabricação sobre encomenda, isso evitará que a mercadoria fique encalhada ou que a matéria prima seja estocada em excesso.
            Já para a produção de plásticos de engenharia, onde não é possível comprar matéria prima baseando-se em previsões, deve-se optar pelo modelo de programação ETO, pois o projeto, a produção de componentes e a montagem final são feitos a partir de decisões do cliente. Isto é, só depois de receber as especificações do cliente é que o fabricante compra a matéria prima, desenvolve os moldes, fabrica e entrega o produto, por isso, o prazo para a entrega do produto deve ser de no mínimo sessenta dias, tempo necessário para a fabricação dos moldes.

Conclusão

            É muito importante para a empresa fazer o PPCP – Planejamento, Programação e Controle de Produção – pois assim, evita-se que a produção seja desordenada e cause prejuisos por estoques de matéria prima, ou mesmo por produtos encalhados. Assim, fabricar os produtos com base nas encomendas ou em previsões e demandas (no caso de produtos comuns e mercado estável) é possível controlar o fluxo de mercadoria de forma que nem falte nem sobre, o que em ambos os casos não seria bom para a empresa, pois mercadoria em estoque significa dinheiro parado, não produz lucro, e falta de mercadoria significa cliente insatisfeito e perda de oportunidade.
            Dessa forma, o PPCP é a garantia de sucesso na administração da produção.

Bibliografias

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CAMPOS, Luís Henrique Romani de; STAMFORD, Alexandre e CAMPOS, Maria de Fátima Sales de Souza. Otimizando a capacidade de crescimento numa cadeia produtiva supermercadista. Produção, v. 12, n. 1, p. 6-17, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/prod/v12n1/v12n1a01.pdf. Acesso em: 10 mai. 2010.

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FLEURY, Paulo Fernando; SILVA, César Roberto Lavalle da. Avaliação da
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http://www.anpad.org.br/rac/vol_04/dwn/rac-v4-n1-crs.pdf. Acesso em: 10 mai.
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